domingo, 13 de janeiro de 2013

VIVER PARA DEUS.



Muitas pessoas ainda pensam no cristianismo como uma religião. Entender o Cristianismo como uma adesão a um  conjunto de doutrinas, muitas vezes, com o objetivo de compensar ações que, em verdade, e ao longo do tempo, se constituíram em "cobranças" às próprias consciências, ou ainda como salvaguarda, ou penitência, incompatíveis com o que o Criador  estabeleceu. Na realidade, incorporam em suas vidas uma dimensão - dentre tantas outras -  tentando a busca de uma compensação de comportamentos inadequados em suas  ações passadas, visando um possível equilíbrio em sua vida comportamental. Penso que DEUS, não  fez algo que fosse necessário adotar barganhas para que suas Criaturas usufruíssem de sua obra; se assim fosse, ele não seria DEUS.  (Vide Salmo 145-17)
(Adaptado da crônica, “Viver com Deus”). Nelson Martins.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Alcoolismo - Desenvolvimento e sequelas. 3-Final


Alcoolismo- Desenvolvimento e sequelas – 3-Final
Confuso com as tragédias das quais tive conhecimento em relação ao uso da bebida alcoólica, em 1996 tive acesso a um grupo de autoajuda, cuja finalidade era a de sair de minha ignorância em relação ao que percebia, sem entender. Inteirei-me gradativamente do programa de trabalho daquele pequeno grupo de pessoas, cujo objetivo era o de compreender o que vi desde que tive consciência e percepção das coisas. Uma das maiores demonstrações de sinceridade das pessoas que faziam parte daquele grupo foi a espontaneidade com que se declaravam “perdidas”, sem nada saber da propalada “falta de caráter” dos alcoólatras. A partir de 2005, já tendo amealhado certo conhecimento, consegui mesclar problemas de família, e sentir revolta pela discriminação imposta às vitimas dominadas pelo uso do álcool, como “ingrediente vital” para sua sobrevivência. Até 1996, exceto pelo uso da maconha da qual ouvira falar, não tinha a mais leve impressão do que seria a dependência orgânica de uma pessoa, em relação as drogas ilícitas.
Associo o desconhecimento de grande parte da sociedade, à imagem de um “Iceberg”, quase sempre de tamanho gigantesco, desprendido das geleiras polares e que flutuam a mercê das correntes oceânicas, com a principal característica física de ocultar sob o nível do mar, 90% de sua verdadeira proporcionalidade, deixando como conseqüência 10% de seu tamanho aparente. Assim é o alcoolismo: A sociedade tem somente conhecimento dos indivíduos caídos nas sarjetas, ou de ações configuradas pelos processos criminais. Poder-se-ia estabelecer as diferenças entre o que pode ser visto, e o que não se vê dos casamentos destruídos, nos processos de prisão por falta de pagamento de pensões alimentícias, etc. Acrescente-se a isso, as perdas generalizadas, como patrimônios conseguidos ao longo da vida, empregos, afastamento dos filhos, e o pior, sem a conscientização dos prejuízos físicos. Dados estatísticos atestam que 85% dos dependentes de drogas são originados em lares de pais separados. A impotência sexual no homem propicia a infidelidade conjugal, institucionalizando a prostituição até no ambiente do lar. Essa coletânea dos principais registros inerentes ao alcoolismo é a parte oculta, tal qual a do “iceberg”.
Nelson Martins – Autor do livro Alcoolismo e a Vida em Sociedade- Editora Komedi- 2006,