.
CÉREBRO. Com mo cérebro ainda em formação, as atividades do hipocampo,
onde se processam o aprendizado e a memória, diminuem, podendo prejudicar o
desenvolvimento dessa área. O álcool causa ainda estragos no córtex pré-frontal,
responsável pelo planejamento de longo prazo e pelo controle das emoções.
Estudos indicam que, nessa região, a morte das células entre os jovens é o
dobro do que ocorre nos adultos.
CORAÇÃO. O abuso do álcool destrói o tecido muscular, propiciando
inflamações e reduzindo a circulação sanguínea. Pesquisas mostram que, como nos
jovens as artérias são mais elásticas, elas tendem a acumular um volume maior de
sangue em certos pontos, o que resulta em infartos ainda mais agressivos.
FÍGADO. Em todas as células do corpo humano, as do fígado são as
mais vulneráveis à destruição pelo excesso de álcool. Em parte, elas se regeneram,
mas leva tempo, comprometendo esse órgão, que, no adolescente, ainda não
funciona com plena capacidade. Quanto mais cedo o ser humano começa a beber,
maior a chance de desenvolver cirrose na vida adulta.
SISTEMA ENDÓCRINO. O álcool afeta a produção de testosterona nos
homens e de estrogênio nas mulheres justamente na fase em que essa produção
está no ápice. Pode causar impotência e infertilidade precoces. As taxas de
hormônio de crescimento também diminuem, bem como as do hormônio responsável
pela calcificação, o que eleva as chances de osteoporose na vida adulta.
(Condensado da Revista Veja, de
11 de julho de 2012)