Dados
estatísticos comprovaram que as matrículas aumentaram substancialmente, de modo
especial no antigo curso ginasial e segundo grau, notadamente no superior.
Desses mais de um milhão e trezentos mil universitários, muitos não se formam; Revista Veja de 10 de setembro de 1986. Na
maior instituição de ensino do País há 8,6 % de estudantes fantasmas, que se
matriculam e jamais assistem às aulas; 38,9 % de não diplomados após dez anos,
que são aqueles que vão ficando para usufruir da assistência médicas e
odontológicas gratuita, uso do Centro de Práticas Esportivas e outros
privilégios, o que transforma a USP em entidade de assistencial, cada aula
custando verbas anuais, frequentando ou não as aulas. Assim, verifica-se que o
peso da evasão escolar é da primeira para a segunda série do 1º grau, ou por
repetência pura e simples, a maior parte das vezes por motivos financeiros,
pois o menor na época das colheitas é retirado da escola para ajudar os pais na
lavoura. Daí a ideia de se mudar o calendário escolar nas escolas situadas em
localidades rurais, ou em cidades de economia rural, a fim de que períodos de
férias coincidam com os períodos de colheitas. O Brasil possui cerca de 9.200
estabelecimentos de ensino de 2º grau e perto de 170.000 escolas públicas de 1º
grau. Segundo levantamento do IBGE, das escolas de 1º, cerca de 54 % estão em
SP, MG, RJ e RS. As três de São Paulo (UNICAMP, USP e UNESP) geram 37% da
produção científica nacional. De certa forma podemos ver a mesma tendência que
existia no Brasil antes da Independência, isto é a procura de profissões que
elevem o prestígio social. Segundo dados do IBGE (1984), o Brasil possui 793
cursos de pós – graduação reconhecidos pelo MEC, sendo 696 em Universidades e
97 em Crédito Educativo, que tem a finalidade de financiar os estudos
superiores através de empréstimos - anuidade. Esse empréstimo deverá ser
restituído a partir do primeiro ano após a formatura, podendo ser pago em
número de anos igual ao curso realizado pelo universitário. Muitos já se
formaram e o retorno do empréstimo está causando preocupações, a ponto de se
cogitar mudanças no momento da
reformulação do programa.
terça-feira, 21 de julho de 2015
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Conc. sobre problemas brasileiros - inerentes à educação
Estudos
realizados em 1987 mostram que o MEC e alguns governos estaduais e municipais
gastam dinheiro do povo de forma desordenada. Segundo levantamento da Secretaria
de Ensino Básico do MEC, somente 52º das verbas destinadas aos Estados nordestinos
chega às salas de aula. 48% são gastos com pagamento de funcionários e professores
que não trabalham nas escolas, pois, sendo admitidos por critérios políticos,
são mais bem pagos do que os que trabalham. No início de 1987, ao assumir a
Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a nova titular do cargo descobriu
que 100 milhões de cruzados da folha de pagamento alimentavam 5.000 professores
admitidos por apadrinhamento político e, portanto, sem a menor qualificação. A
Bahia começou o ano letivo de 1991 com 720.000 alunos de sua rede de ensino sem
aulas. Das 4.500 escolas da rede. 1.800 não têm condição de funcionamento,
conforme publicado no Diário Oficial. Pela própria Secretaria de Educação do
Estado, no ano de 1990, 60% dos alunos do Estado não completaram os 180 dias de
aula. Alguns colégios do Estado cancelaram o ano letivo. Das 2.700 escolas que
não funcionaram bem no ano anterior, apenas 900 foram recuperadas. Um relatório
do IPEA – Instituto de Planejamento Econômico e Social – vinculado à antiga
SEPLAN – Secretaria de Planejamento da Presidência da República – mostrou que
os critérios clientelísticos são utilizados na distribuição de Bolsas de Estudos
do Fundo de Assistência ao Estudante (FAE) do MEC. Essas bolsas não chegam aos estudantes
carentes, mas são distribuídas a políticos do Congresso Nacional, que repassam
a seus correligionários. Recursos do MEC de um programa de educação rural foram
gastos por prefeitos de cidades do interior em campanhas eleitorais. O Programa
Nacional do Livro Didático atrasou a entrega de 80 % do material previsto. Os
Estados que gastam 90 % das verbas recebidas do MEC para educação são apenas
três: São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Somente 10 % são utilizados com a
burocracia.
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