sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Autores da BÍBLIA - O LIVRO DE EZEQUIEL.

Não há nenhuma outra informação sobre o Profeta Ezequiel além das encontradas no livro que leva o seu nome. Nabucodonosor havia capturado Jerusalém em 597 a C. e levou consigo o Rei Joaquim, a família real e os principais artesãos (Rs 24.14). Ezequiel fazia parte desse primeiro grupo de deportados. Sua esposa morreu durante o cativeiro pouco antes, pouco antes de Jerusalém ser destruída pelos babilônios em 586 aC. (24-15-18). Se o profeta tinha 30 anos anos de idade quando iniciou seu Ministério  (1-1) e essa data corresponde ao quinto ano no exílio ministério (1-1) e essa data corresponde ao quinto ano de exílio do Rei Joaquim, então Ezequiel era mais novo.Ezequiel, era um grande sacerdote (1´3). Via de regra, os sacerdotes iniciavam o serviço no Templo aos 30 anos. Foi nesse momento de significação da sua vida, que DEUS chamou Ezequiel para ser Profeta. "Ezequiel" significa " DEUS  torna forte, fortalece". DEUS, muitas vezes se dirige a Daniel usando a expressão " filho do homem" como significado de "pessoa - ser humano". Nesse livro, a expressão enfatiza a fragilidade e a insignificante humanas quando comparadas a transcendência de DEUS (em contraste ao uso da mesma expressão como um título  messiânico em Dn 7.13; Mt 26-64; Mc 14.62; Ap 14-14.) 

Data e Ocasião:
Ezequiel se estabeleceu com uma colônia de judeus cativos, em torno de 586 aC. As datas em Ezequiel são todas em referências aos anos de exílio de Joaquim.
Número de capítulos: 48.
Paginas do livro:52.
Fonte; Bíblia de Estudo de Genebra.  - Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil.- 1999. (1728 páginas).


sábado, 7 de novembro de 2015

Educação de base. 2 ( Final)

Em matéria de iniciativas religiosas, tivemos duas: o Movimento de Educação de Base, católico, em 1961, que atuou com escolas radiofônicas com recepção no meio rural. Em 1963, já havia alcançado 15 Estados. Em 1968 o MEB recebeu o prêmio Reza Pahlevi, da ONU. Por falta de recursos, acabou encerrando o trabalho em 1970. O outro foi um movimento de origem protestante, a Cruzada ABC (Ação Básica Cristã), que funcionou com orientação e dinheiro norte-americano e converteu-se logo no mais importante movimento do País. Entretanto o organismo que teve sucesso, devido ao planejamento e verbas, foi o MOBRAL, Movimento Brasileiro de Alfabetização, criado em 1967, mas que praticamente não funcionou por falta de verbas, até o Decreto 1.124, de 8 de novembro de 1970, que assinalou a segunda fase do Movimento. Tendo fontes de recursos bem definidas: 24 % da renda líquida da Loteria Esportiva e 1% do imposto de renda das pessoas jurídicas, pode o MOBRAL desenvolver-se. O MOBRAL dependia fundamentalmente do imposto de renda devido pelas empresas e, portanto sua capacidade de arrecadação junto às mesmas, conforme o Decreto Lei nº 1.144/77. O MOBRAL conseguiu criar postos em todos os municípios brasileiros, onde verdadeiros agentes eram as Comissões Municipais, a quem o Movimento entregava o material didático e as verbas para o pagamento dos professores. Até 1975 já havia alfabetizado cerca de 8,5 milhões de pessoas e até 1984 cerca de 15,5 milhões. Um problema que surgiu foi a falta de continuidade do ensino, o que pode tornar uma pessoa, dentro de alguns meses, novamente analfabeta, por falta de uso do que aprendeu. O Programa Básico do MOBRAL era a alfabetização funcional como preparação de aprendizagem e semiqualificação e era dividido em três cursos: alfabetização, fixação de aprendizagem e recuperação ou extensão. Em 25 de novembro de 1985 o MOBRAL foi extinto e o Governo da Nova República criou a Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos – Fundação EDUCAR – que tinha os mesmos recursos do MOBRAL. Além da alfabetização, os alunos do EDUCAR deveriam ter a mesma carga de instrução das quatro primeiras séries do 1º grau. Técnicas do Banco Mundial disseram que o Plano é abrangente demais e que não define algumas prioridades, além de não prever mecanismos capazes de avaliar os seus resultados. E o Ministro da Educação declarou que a alfabetização não é prioridade na sua gestão.
Fonte: Do Livro Estudos dos Problemas Brasileiros.

               Autor: Cel. Enjolras José de Castro Camargo – 1992.

domingo, 1 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO DE BASE - 1


EDUCAÇÃO de BASE.
Educação de base se refere à educação de adultos, abrangendo a alfabetização, rudimentos de português, de matemática e de conhecimentos gerais. Pode também a educação de base ensinar noções de higiene e vida comunitária. Paulo VI, em sua mensagem ao Congresso da UNESCO, 1965, em Teerã, declarou que a alfabetização é para o homem fator primordial de integração social e de enriquecimento da pessoa e, para a sociedade, instrumento privilegiado de progresso econômico e desenvolvimento. Em sua Encíclica Populorum Progressio diz: “Pode mesmo afirmar-se que o crescimento econômico depende em primeiro lugar, do progresso social. Por isso, a educação de base é o primeiro objetivo de um plano de desenvolvimento. A fome de instrução não é menos deprimente que a fome de alimentos: um analfabeto é um espírito subalimentado”. Até a segunda década do presente século, o Brasil teve algumas iniciativas muito esparsas para esse tipo de educação. A partir de 1920, apareceram alguns movimentos, como a Cruzada Nacional de Alfabetização (1932) e a Bandeira Paulista de Alfabetização (1933). Com o recenseamento de 1940 o problema surgiu: numa população de 41.000.000 de habitantes, tínhamos 13.000.000 de analfabetos. A necessidade de um combate efetivo a essa situação surgiu, principalmente com a criação da UNESCO, depois da guerra, que estimulou os esforços para a erradicação do analfabetismo. Em 1947 foi criada no Brasil a primeira campanha de educação de adultos, coordenada pelo Departamento Nacional de Educação, do MEC, auxiliada pelas Secretarias de Educação dos  Estados. A grande dificuldade era chegar ao homem do campo. Criaram-se as Missões Rurais e, em seguida a Campanha Nacional de Educação Rural. Em 1957 foi criado o Sistema de Radioeducativo Nacional, conhecido pela sigla SIRENA. O MEC, preocupado com o analfabetismo,acabou por criar uma série de organismos destinados a cuidar da educação de adultos. Quando foi criada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo, em 1959, dez organismos já cuidavam direta e indiretamente do problema,sem coordenação e com dispêndios desnecessários de energia. Em 1961 foi criada a Mobilização contra o Analfabetismo. A falta de verbas foi o grande obstáculo, e, em 1963, esses órgãos estavam todos extintos . Nesse mesmo ano foi lançado mo Plano Nacional de Alfabetização, usando o método Paulo Freire, logo abandonado, porque incentivava a luta de classes.