domingo, 1 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO DE BASE - 1


EDUCAÇÃO de BASE.
Educação de base se refere à educação de adultos, abrangendo a alfabetização, rudimentos de português, de matemática e de conhecimentos gerais. Pode também a educação de base ensinar noções de higiene e vida comunitária. Paulo VI, em sua mensagem ao Congresso da UNESCO, 1965, em Teerã, declarou que a alfabetização é para o homem fator primordial de integração social e de enriquecimento da pessoa e, para a sociedade, instrumento privilegiado de progresso econômico e desenvolvimento. Em sua Encíclica Populorum Progressio diz: “Pode mesmo afirmar-se que o crescimento econômico depende em primeiro lugar, do progresso social. Por isso, a educação de base é o primeiro objetivo de um plano de desenvolvimento. A fome de instrução não é menos deprimente que a fome de alimentos: um analfabeto é um espírito subalimentado”. Até a segunda década do presente século, o Brasil teve algumas iniciativas muito esparsas para esse tipo de educação. A partir de 1920, apareceram alguns movimentos, como a Cruzada Nacional de Alfabetização (1932) e a Bandeira Paulista de Alfabetização (1933). Com o recenseamento de 1940 o problema surgiu: numa população de 41.000.000 de habitantes, tínhamos 13.000.000 de analfabetos. A necessidade de um combate efetivo a essa situação surgiu, principalmente com a criação da UNESCO, depois da guerra, que estimulou os esforços para a erradicação do analfabetismo. Em 1947 foi criada no Brasil a primeira campanha de educação de adultos, coordenada pelo Departamento Nacional de Educação, do MEC, auxiliada pelas Secretarias de Educação dos  Estados. A grande dificuldade era chegar ao homem do campo. Criaram-se as Missões Rurais e, em seguida a Campanha Nacional de Educação Rural. Em 1957 foi criado o Sistema de Radioeducativo Nacional, conhecido pela sigla SIRENA. O MEC, preocupado com o analfabetismo,acabou por criar uma série de organismos destinados a cuidar da educação de adultos. Quando foi criada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo, em 1959, dez organismos já cuidavam direta e indiretamente do problema,sem coordenação e com dispêndios desnecessários de energia. Em 1961 foi criada a Mobilização contra o Analfabetismo. A falta de verbas foi o grande obstáculo, e, em 1963, esses órgãos estavam todos extintos . Nesse mesmo ano foi lançado mo Plano Nacional de Alfabetização, usando o método Paulo Freire, logo abandonado, porque incentivava a luta de classes.

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