Depois de várias experiências, a máquina
fotográfica teve seus primeiros pesquisadores em meados do século XVI. Até
então, as imagens de objetos e pessoas eram reproduzidas por pintores renomados
da época, entre os quais Leonardo Da Vince, e Sandro Botticelli. Algumas
figuras de seres humanos da história, foram sendo estabelecidas
hipoteticamente, e posteriormente definidas pelo simples gesto de pousarem
diante do artista. Deve-se ao Catolicismo, as imagens ligadas à
espiritualidade, em razão da forte influência da religião sobre os artistas da
época, e fixadas até aos dias atuais. Quem poderia imaginar a figura de Jesus
Cristo, de há muito perpetuada, sem seus longos fios de cabelo e de barba?
Moises, o primeiro personagem
bíblico, em verdade, nunca fora visto, exceto na crença espiritual. Sem a sua
imagem, historiadores e dramaturgos estariam impossibilitados de descreverem
suas obras. Na biblioteca do Vaticano, existem 16 estátuas de bronze, em
tamanho natural, abrigadas em nichos construídos em nível mais elevado.
A posição circular das estátuas em
relação aos olhares dos visitantes tem o objetivo de dar aos mesmos, a sensação
de estarem sendo observados de qualquer angulo e dum nível mais elevado, num
equívoco da tradução do trecho do Livro do Êxodo, cujo significado bíblico
refere-se aos clamores de Moisés, para que os escravos o seguissem em direção à
libertação, segundo historiadores.
Na criação da imagem de Moisés, a
par da riqueza de detalhes nas pinturas de célebres artistas, a Igreja Católica
certamente - lhes impôs a definição de um raio compatível ao fulgor de luz,
traduzindo o brilho do rosto, ressaltando duas saliências laterais à sua testa,
como se fora a “cornuta esset fácies tua”,
cuja tradução do latim, significa” rosto com chifres da sabedoria”. A partir de
então, artistas e escultores, temendo represálias da inquisição já praticada
pelo catolicismo, caso não lhe fossem fieis àqueles princípios, continuaram a
representar Moisés com chifres, com exagero de alguns pintores. Michelangelo,
em algumas de suas pinturas posteriores, dedicou uma delas, expostas na
Basílica de São Pedro, em Roma.
É sobejamente conhecida a repulsa
por maiorias dos evangélicos, que acompanharam a revolta do Padre Martinho
Lutero e posteriormente de João Calvino, abominando o culto às imagens, em
prática na atualidade.
Fontes: O símbolo perdido - Dan Brown (O código Da Vinci) - Editora
Sextante – 2009.
Dicionário Ilustrado. - Editora
Globo -1960.
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