segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O ALCOOLISMO E A CIÊNCIA - Parte 1

Diante de tantos desencontros sociais já enumerados em blogs anteriores, certamente a grande indagação feita por pessoas desconhecedoras da realidade do alcoolismo, é: não teria sido possível até agora à Ciência descobrir a cura para a compulsividade alcoólica? Lamentavelmente a resposta é não. Desde os períodos da Idade Média e da Renascença quando eram praticadas a alquimia e a homeopatia até a ciência dos dias atuais, não foi possível estabelecer pela Farmacologia nenhum antídoto para os danos físicos e mentais provocados pelo alcoolismo. Atualmente, algumas precauções médicas têm sido tomadas nos primeiros momentos de vida de um bebê, relacionadas a eventuais vulnerabilidades do mesmo. Em que pesem as recentes descobertas da ciência médica ligadas ao genoma - conjunto dos genes do indivíduo - e que permitirão a prevenção de alguns males de origem genética, não parece iminente a descoberta de alguma solução para o alcoolismo ou de outro tipo de dependência que possam ser prevenidos.
Segundo afirmação do Dr. Luiz Edmundo Fonseca, gastroenterologista da Faculdade de Medicina de São Paulo, algumas tentativas têm sido feitas com medicamentos sem receituários com componentes de Tártaro de Amônia, altamente prejudiciais à saúde do paciente quando não acompanhado por clínico especialzado. Essa medicação, conhecida por "antabuso", quando ministrada provoca sintomas altamente desagradáveis, sendo que sua principal função é a de tornar a ingestão da bebida alcoólica altamente repulsiva ao invés de servir como tratamento de saúde. O Dr. Sérgio de Paula Ramos, psiquiatra do Hospital Mãe de Deus, do Rio Grande do Sul, afirma que o alcoolismo é de origem mental, sendo dessa forma, necessário um tratamento psíquico/terápico e que sem a participação da família, a trajetória será muito extensa e pouco provável de sucesso.
Nelson Martins - autor do livro Alcoolismo e a Vida em Sociedade. Editora Komedi - 2006.

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