domingo, 27 de novembro de 2011

O VOO SUBLIME.

“... é gosto pervertido satisfazer-se com a mediocridade quando o ótimo está ao nosso alcance. (Isaac D´israeli- 1834)

Porque a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? A águia empurra gentilmente seus filhotes para a beira do ninho. Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que ela sente a resistência do seu filhote aos seus persistentes cutucões. Seu receio de mãe à questão secular ainda não estava respondida para ela. O ninho estava localizado bem no alto de um pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados da rocha. Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas do filhote. “E se isto não funcionar”, ela pensou. Mas sabia que era o momento. Restava somente uma tarefa final... O empurrão. E se o filhote não descobrisse suas asas, não haveria propósito para sua vida. Enquanto ele não aprendesse a voar, não entenderia o privilégio que é nascer; e ela o empurrou! Voar em alturas sublimes; nada de escavar e esgravitar a procura de vermes como fazem as galinhas no galinheiro, vivendo na mediocridade. Faz muito tempo que damos atenção aos que nos perguntam: “Porque ser diferente”?” E ainda:” Vamos fazer apenas o mínimo exigido; às vezes precisamos lembrar que faz muito tempo que concordamos em dar menos que o melhor de nós. Muitas vezes ficamos convencidos de que a qualidade, a integridade e a autenticidade são virtudes negociáveis. Lembre-se de que o erro não está no insucesso. Assim, cara águia companheira, levantemos voo. Não duvido de que quando fizermos isso, teremos firmado um compromisso inédito com a vida. Duvido de que possamos sentirmo-nos satisfeitos em viver nas adjacências da mediocridade, com seus gestos repetitivos. Ergamos nossos olhos e miremos tão alto que possamos fazer aquilo para que Deus nos criou: um voo sublime. A águia plaina sem qualquer esforço e altitudes, insensível aos ventos que sopram como chicotadas entre as fendas das montanhas. A águia não voa em bandos e tampouco se conduz irresponsavelmente. Não há imãs na terra mais poderosos que as pressões exercidas pelos medíocres, tornando extremamente difícil alçar voo altaneiro quando estamos rodeados de galinhas.

“Já vi cavaleiros de armadura entrar em pânico. Vi um humilde escudeiro tirar uma lança de seu próprio corpo para defender seu cavalo agonizante” (Do filme Robin Hood)

(Fragmentos do livro Insight - Daniel C. Luz)

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