Há cerca de
136.000 índios na região (1990). Dos quais, pequena parte mantém contato com a
civilização por meio da FUNAI (Fundação nacional do índio), sendo difícil uma
maior aproximação do branco com os índios, principalmente quando os primeiros
levam seus costumes e usos que os indígenas procuram absorver. Ocupam 82
milhões de hectares de terra, o que daria 6 quilômetros quadrados para cada
índio, aproximadamente 10% do território brasileiro. Em 1988, os 10.000 índios
de Roraima tiveram seus territórios invadidos por aproximadamente 20.000
garimpeiros, com suas doenças, bebidas alcoólicas, relógios de pulso e rádios
de pilha. Nesses encontros de culturas, os índios quase sempre levam a pior. A
Companhia Vale do Rio Doce pagou mais de 1 milhão de dólares aos Índios Gaviões
para que a Ferrovia Carijós – Itaqui atravessasse
a área indígena. O cacique Kokrenun diz que só retira os juros desse dinheiro
que está na poupança. Ele mora na melhor casa da aldeia, de tijolos, e usa sua
F-1000 para suas compras em Marabá. Entretanto, nem toda a tribo recebe essa
indenização. A *justeza da indenização de um milhão de dólares pagos a alguém
que não possui registro de propriedade para a legítima venda. Estima-se que há mais de 78 trilhões de metros cúbicos
de madeiras existentes nas florestas do Brasil. Sabe-se que os assustadores desmatamentos da floresta, para fins de
comércio ilegal de Rondônia, provocou inversão de movimentos de nuvens e alterou até parte do clima do Sul, ao Sudeste do Brasil. Os desmatamentos e as queimadas
atingem mais diretamente os Estados de Rondônia, Mato Grosso e Maranhão, onde
as florestas densas quase não mais existem, predominando as florestas abertas,
cerrados e campos naturais. A região pode e deve ser explorada, mas boa parte
da floresta deve permanecer intocada. Mas que parte?
*Dada a”experiência”
adquirida pelos índios junto aos brancos, é fácil entender a ‘batalha’ dos mesmos
pela demarcação de terras, eterno pleito dos indígenas.
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