MICROCOMPUTADOR e MICRO-HOMEM

Considero este artigo um “ensaio” de minha vida, pois, enquanto vivemos, estamos sempre aprendendo e deparando com novos assuntos e, até mesmo, encontrando surpresas agradáveis e desagradáveis. Digo “ensaio” porque menciono aqui, sem pretensão alguma, palavras inexistentes em nosso dicionário da língua portuguesa.
Para começar, cito as seguintes considerações: Algo está errado. Está faltando algo. Somente o desenvolvimento científico não pode trazer felicidade. Nem o socialismo nem o capitalismo podem nos salvar. Não importa quantas conferências, simpósios e congressos façamos, o quanto salientamos a ética e a moralidade, o quanto falemos sobre a psicologia humana e a filosofia; está faltando algo essencial. Este, creio, é uma clara descrição do atual estado de espírito da humanidade.
O avanço tecnológico surpreende a cada dia o próprio limite da sabedoria humana que existia no passado. Vivemos, por exemplo, a era do “micromundo”. Após o microscópio, que permite observar objetos de dimensões minúsculas, uma novidade em minha época de estudante, surpreendo-me com o surgimento da microbalança, da microbiologia, da microcirurgia, do microcomputador e de outros tantos micros.
O progresso da informática tornou o mundo mais próximo; as comunicações podem ser feitas num instante, num piscar de olhos, com o simples apertar de uma tecla. Hoje o microcomputador é essencial em todas as áreas de trabalho. Com isso, tudo está mais rápido, fácil e prático. A Internet substitui as demoradas pesquisas escolares e de caráter profissional.
Apesar de todas as facilidades da tecnologia, precisamos tomar cuidado para que o computador não nos transforme em “micro-homens”. Receio que o homem moderno não busque a “microeducação, a microética”, e, principalmente que o computador não nos transforme em “micro-honestos”.
É muito importante cultivar a capacidade de escrever, de ler livros, e de conversar com as pessoas.
NaotoYoshikawa - Editora Brasil Seikyio.