sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A IGREJA E O REVÓLVER.

Embora a metamorfose observada nos usos e costumes da sociedade seja uma imposição à medida que o tempo transcorra, penso que tudo seria natural, não fora a brusca alteração no senso comum das pessoas. Verifico com certo temor, a exagerada dose no aumento da ousadia e atrevimento, cada vez maior, em detrimento ao semelhante. Somente para citar o número de pessoas que postularam o caminho do ensino da educação escolar de nível básico, algo relacionado à enorme frustração sentida por esses profissionais. Professores de ambos os sexos, em verdade, aos que realmente sonharam em contribuir para a educação, estão em grande número, afetados por enfermidades e distúrbios neurológicos, e o pior, provavelmente sem a possibilidade de reversão desse mal.
A elaboração deste blog, ocorreu-me da lembrança de um fato ocorrido na década de 80.Em uma igreja situada no bairro da Bela Vista, capital de São Paulo, um brilhante organista daquela paróquia realizava todas às quintas-feiras, seu ensaio. Ao sair de meu trabalho, habituei-me a acomodar- me no interior daquela igreja, para maravilhar-me com o som daquele instrumento. Conceitos à parte sobre misticismos, aprendi que, a pequena luz - permanentemente acesa- acomodada no interior de um nicho existente no altar-mor daquela igreja, significava a presença de Deus. Em uma daquelas tardes, como de hábito, notei que o músico desligava seu instrumento. E, enquanto digeria os últimos momentos de contemplação espiritual daquele local, senti a presença de um segurança portando em seu coldre, um revólver que em verdade, substituía a pequena luz do nicho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário