segunda-feira, 3 de agosto de 2015

EM NOME DE DEUS? (Parte 1)

Em nome de Deus?
Vejo com horror e indagações históricas as ações sangrentas do Estado Islâmico no Oriente Médio. A mais recente e que, provavelmente, será superada em termos de barbárie, um menino de 12 anos executar pelas costas um condenado ajoelhado, e de mãos amarradas. Dias antes, quatro *homossexuais foram degolados. Segundo os assassinos “Alá não aprova isso, segundo o Alcorão, o Livro Sagrado dos Muçulmanos (equivalente à Bíblia Sagrada) usado por judeus e cristãos. Segundo os praticantes, foram estabelecidos por Maomé, que diziam terem sido ditados pelo próprio Deus!!! Em outra demonstração de sua clara auto-alienação, exibiram dezenas de homens enjaulados, vestindo o macacão do horror, cor de laranja; seriam degolados em seguida na beira do mar. Queimado vivo um enjaulado. Jornalistas, médicos, soldados, foram enfiados no macacão laranja e faca n o pescoço. Fala-se em 2.000 vítimas da faca islâmica, desde que ela começou a cortar gargantas. Como isso acontece no século XXI? Que gente é essa? Aquela parte do mundo não conhece paz, misericórdia, perdão, piedade, tolerância: crucificava-se, apedrejava-se, queimava-se e no entanto brotaram ali três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Diz-se que os homens criaram os deuses necessários e os vão amoldando. Aquele de Êxito ordenou a Moisés que passasse pelo fio da espada os homens que fizeram e adoraram o bezerro de ouro, e Moisés convocou os levitas para a missão: “Que cada um de vocês pegue sua espada e vá pelo acampamento, de ponta a ponta, matando os seus parentes, os seus vizinhos”. Diz o livro do Êxodo, 28: “Os levitas obedeceram a ordem de Moisés, e mataram naquele dia mais ou menos 3.000 homens”. Quando o rei Josué destruiu Jericó”, diz o livro: “Tudo quanto havia na cidade destruíram ao fio da espada, assim o homem como a mulher, o menino, como o velho”. Depois, o exército de Josué destruiu Ai: os que caíram naquele dia, assim homens como mulheres foram 12.000. “Todos moradores do AÍ”. Do Mar vermelho até o norte da Síria, do Mediterrâneo até a Babilônia, o sangue daqueles povos correu nas guerras religiosas e de conquistas e de libertação, durante séculos.
Extraído da publicação da Revista Veja, de 25 de março de 2015; Autor: Ivan Angelo.









Depois da fundação do Islã, correu o sangue de sunitas contra xiitas e vice-versa, de cristãos orientais contra muçulmanos e judeus, e de todos contra todos, até que no século XI, chegaram os cristãos europeus. Dezenas de milhares, com lanças em riste e espadas desembainhadas, a pé e a cavalo, convocados pelo papa, no intuito de conquistar Jerusalém. Tentaram durante 180 anos, em oito cruzadas sangrentas. Basta lembrar a primeira; entraram pelo Bósforo, atravessaram a Turquia guerreando, saqueando, e chegaram a Antióquia, que só caiu após longo sítio. O historiador curdo Ali Ibn al – Atir, do século XIII, conta que mulheres e crianças corriam pelos becos, eram alcançadas pelos cavaleiros e degoladas ali mesmo. Invadiram a Síria. A três dias de marcha ficava Ma’arrate, foi sitiada. A comida escasseava dos dois lados. O chefe cruzado prometeu clemência se os habitantes se rendessem. Confiantes, aceitaram. Conta Ibn al-Atir. “Durante três dias passaram a população a espada”. Mais: diante da falta de comida comeram gente. O cronista dos cruzados, Rodolfo de Caen, escreveu: “Em M’a arrate, as nossas tropas cozeram pagãos adultos em caldeirões; enfiavam crianças em espetos e as comiam assadas”. Em carta ao papa Urbano II, um comandante cruzado se justifica: “Uma fome terrível atormentou o exército em M’a arrate de nos alimentarmos dos corpos dos sarracenos”. Depois de extorquirem Trípoli, Beirute. Tiro e Acre sitiaram Jerusalém durante semanas. Suas catapultas jogaram cabeças por cima dos muros. Quando entraram, massacraram muçulmanos, judeus e cristãos do Oriente. Na mesquita de Al-Aqsa, diz um cronista dos Cruzados, “a matança foi tão grande que nossos homens patinavam no sangue até os tornozelos”.Os judeus se refugiaram na sinagoga. E ela foi queimada sob suas cabeças. Tudo,  desde o começo em nome de DEUS.
Fonte: Crônica de Ivan Angelo, publicada na Revista Veja, de 25 de março de 2015.
Nota: Referência do autor da deste texto. *(Homossexualismo: Segundo os renomados cientistas Audrey, Maslow, Kinsey, e principalmente o psicanalista Sigmund Freud), é uma anomalia da Natureza- portanto- independente de escolhas de seres humanos.
                        Nelson Martins.     18 de abril de 2015


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