quarta-feira, 18 de março de 2009

O homem da caverna

Havia uma caverna subterrânea com uma única saída para o exterior. Dentro dela, seres humanos acorrentados pelas pernas e pescoços, vivendo quase que em total escuridão desde a infância, presos de tal modo que não se podiam mover.
A única luz que viam era proveniente de uma fogueira que ardia do lado de fora, e que projetava para seu interior, sombras de pessoas e objetos que passassem entre a fogueira e a entrada da caverna.
Para os prisioneiros, as sombras que viam,eram a única verdade, e a realidade do seu mundo.
Em certo momento, um dos prisioneiros foi libertado, sendo levado para fora da caverna. No seu processo de adaptação à nova realidade, precisou acostumar – se com a visão de um mundo novo. Viu o céu, o Sol; os reflexos de homens e objetos. Descobriu fatos e coisas nunca antes imaginados, uma nova realidade.
Maravilhado, lembrou – se dos prisioneiros e retornou à caverna. Era importante dar aos demais, a oportunidade de novas descobertas, das maravilhas que havia conhecido. Passou a ser ridicularizado pelo grupo que, só conhecia a realidade da escuridão, e concluíram que, o prisioneiro libertado enxergava menos que antes. Entretanto, enfrentou com paciência e determinação sua missão, compreendendo a resistência imposta por seus companheiros. Resolveram que, melhor seria não sair da caverna.
“O reconhecimento da ignorância, é o começo da sabedoria” – Sócrates.
Sugestão para leitura: Platão. “A República”
(Condensado do livro “Insight” - Daniel C. Luz)

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