Dados relativos ao alcoolismo mostram vários fatores em suas origens. Segundo as informações das áreas de psiquiatria e da psicologia, todo ser humano é passível das diversas formas de adicção de ordens física e mental, relacionadas à sua vida.
Conforme conceito estabelecido por grande parte da medicina, o alcoolismo em sua fase de dependência é uma enfermidade progressiva e incurável em 95% dos casos.
Segundo a área médica / psiquiátrica, na maioria dos casos, a impulsão ao primeiro gole é decorrente da impossibilidade de o ser humano absorver determinados golpes emocionais. A transferência do código genético é também significativa em relação à predisposição e propensão, bem como a vários níveis de temperamentos pessoais oriundos da genética.
É infindável a série de motivos pelos quais uma pessoa procura, na bebida alcoólica, uma fuga para alívio ilusório de ressentimentos e mágoas. A perda de um ente querido, matrimônio malsucedido, crise econômica etc. são fatores comuns para que homem ou mulher se entreguem ao início de uma vida cuja trajetória quase sempre termina em um final trágico, e principalmente gerador de desajustes emocionais nos filhos.
Ainda sobre a transferência do código genético, há de se considerar também que a hereditariedade nem sempre ocorre em descendência direta, ou seja, dos pais para os filhos. Existem traços físicos e emocionais transportados de duas ou mais gerações e das mais variadas características. Entretanto, se observarmos, uma constatação está plenamente consagrada; o ambiente de discórdia no lar, onde impera o desamor entre cônjuges, com repetidas cenas de agressões verbais e até físicas, constitui para a vida dos dependentes, principalmente adolescentes, a mais comprovada razão que explica a iniciação ao alcoolismo.
Todo alcoólatra dependente tem uma história triste que o levou e o impeliu a essa escolha.
Do livro Alcoolismo e a Vida em Sociedade - Nelson Martins - 2006
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