Os mais primitivos organismos vivos da terra tinham apenas vestígios do cérebro superior, ou nem vestígios; descendo-se na escala evolutiva, a proporção, gradativamente aumenta, razão pela qual o cérebro superior é chamado de "novo cérebro". Até os mais elevados primatas, o chimpanzé e o gorila, têm no máximo um terço apenas do cérebro superior de um ser humano. Embora tenham desenvolvido o nosso cérebro conservamos sem dúvida as características do velho.Quando certas zonas do interior do crânio sofrem estímulos elétricos, somos capazes de morder e arranhar como um animal. Até certo ponto, o cérebro velho representa o egoísmo implacável. ao passo que o novo é a sede de complexos conceitos abstratos, tais como a honra e a beleza. O espírito adulto representa a vitória do novo cérebro sobre o velho. Uma intensa emoção no cérebro velho pode bloquear os circuitos do novo cérebro que representa a razão e a previsão. O homem que comete um crime num acesso de raiva sabe, com seu cérebro novo, que será descoberto e punido, mas não pensa nessas coisas depois senão depois que as suas paixões se abrandam. Não devemos, evidentemente, procurar viver apenas pelo intelecto ou repelir as importantes exigências das emoções. O recalcamento no inconsciente de um impulso emocional tem como resultado fazer o mesmo causar perturbações ali. Devemos, portanto, manter a proporção justa entre o cérebro velho e o novo, tendo em mente que, quando qualquer deles exerce um predomínio excessivo, o ser humano não pode cumprir plenamente o seu objetivo .
Bruce Bliven - Editora Ypiranga S/A. 1964.
"A dor faz o homem pensar. O pensamento torna o homem sábio. A sabedoria torna a vida suportável". John Patrick
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