terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Apocalipse / já - mega sena - Parte 4 - Final

A avalanche de desastres da natureza que ultimamente vem ocorrendo, é por enquanto, uma branda resposta aos desmandos cometidos por muitos seres humanos, em que pese os esforços de uns poucos, cujo número se torna cada vez menor e impotente.
Em determinado país da América Central, observa-se presentemente que, a vida de muitos seres humanos nada tem a ver com a sagrada obra do Criador. As cenas exibidas ao mundo todo, atestam a indiferença pela existência humana. A catástrofe ocasionada pelo terremoto no Haiti, cuja capital tem 2 milhões de pessoas está praticamente destruída . Em verdade, esse fato - como sabemos - nada tem a ver com as questões ambientais. O que causa indignação é o fato relativo ao desequilíbrio econômico, cada vez mais acentuado no seio da sociedade. Há dias, participando de um mutirão internacional, o governo brasileiro doou 15 milhões de dólares ao Haiti, que convertidos em moeda brasileira, resultam em uma importância de pouco mais de 26 milhões de reais. Nesse ponto, enfatizo a desordem e o desequilíbrio monetário que, a bem da verdade, nada poderá ser feito no sentido prático dentro do sistema capitalista em que vivemos. O objetivo deste blog, é demonstrar a desproporção da importância em dinheiro disponível em mãos de duas pessoas que, recentemente foram ganhadoras do último sorteio da mega sena. Conforme anunciado, um morador de São Paulo tem em seu bolso - para pesadelo de muitos - a quantia de 72 milhões de reais, advinda de uma “estafante batalha”, travada semanalmente em filas de casas lotéricas, e em cujos locais, o lema mais importante na vida é deitar pobre e acordar rico. Essa premiação equivale a quase três vezes do que o tesouro nacional enviou ao Haiti. Assim, repetindo o raciocínio, um só individuo possue o triplo do que na prática, dois milhões de pessoas receberão para reconstruir suas vidas e parte de seu país.
Sou diametralmente oposto ao sistema, no qual, milhares de pessoas tiram de seus bolsos algo para que seja colocado no bolso de um só indivíduo. Lamentavelmente, são coisas de uma sociedade predominantemente religiosa, mas ambiciosa, materialista, uzurária e individualista
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