sábado, 25 de setembro de 2010

Alcoolismo - Acidentes e outras consequências - Parte 3/3

Nos episódios causados pela dependência provocada pelo alcoolismo, quase sempre o processo que elimina vidas, manifesta forte hemorragia causada pelo rompimento de varizes no esôfago, inflamadas pela ausência de irrigação sanguínea que seria conduzida desde o fígado. Essa ausência é provocada pelo endurecimento dos tecidos do fígado com a cicatrização de suas células diminuindo assim sua capacidade de filtragem e alimentação do sangue aos vários órgãos. Como se poderá entender, a degeneração do aparelho digestivo é um processo destrutivo que se desenvolve em cadeia. Outros processos de falência dos órgãos são observados durante o período de abstinência, podendo levar ao coma alcoólico. Como se observa, uma vez instalado o alcoolismo, este poderá ser fatal também na ausência do álcool no organismo, tal qual quando ingerido. Por várias passagens deste linvro, o leitor depreendeu que, salvo raríssimas ressalvas e exceções, a dependência alcoólica tem sua marca definida como uma substância letal, e que desenvolve seu percurso lenta e implacavelmente até a morte do dependente. Quando falamos em ressalvas e exceções, referimo-nos a casos em que uma conjunção de fatores levou à superação dos riscos da crise alcoólica. Entre esses fatores, a dedicação e o despreendimento familiar, amparados por uma retagurda médica, psiquiátrica e espiritual e, pricipalmente, pela contade ferrenha da parte do dependente em usar as prerrogativas de sua vontade de continuar vivendo. Conforme históricos médicos, algumas vidas que ainda foram salvas não isentaram os pacientes vítimas do alcoolismo de permanecerem alistados nas longas "filas de espera", formadas por candidatos a transplantes de fígado.
Nelson Martins - autor d0 livro Alcoolismo e a Vida em Sociedade -Editoa Komedi - 2006.

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