segunda-feira, 7 de setembro de 2009

AIDS - Teoria sobre a origem - Parte 2



Não há meios de se saber quando os dois vírus se fundiram no organismo de um chipanzé. “Pode ter sido há séculos ou há dezenas de milhares de anos”, explica Hahn.
O vírus do chipanzé foi encontrado em duas subespécies que habitam a África Central, conhecidas como troglodytes e schweinfurthii, mas até o momento, não na subespécie que vive mais a oeste, o verus, e tampouco em uma espécie próxima, que habita uma região do sul do Rio Congo, o banobu peludo ou o chipanzé pigmeu.
O fato de o vírus não ter conseguido se disseminar entre todos os chipanzés antes de estes ter se diversificado em subespécies sugere que o micro-organismo é relativamente novo, dizem os pesquisadores. As subespécies estão separadas há períodos enormes por grandes rios como o Congo e o Ubangi, já que os chipanzés são incapazes de atravessar barreiras aquáticas.
Um estudo assemelhado sobre o vírus em chipanzés selvagens, realizados por vários dos mesmos autores, e que deve ser publicado no periódico “Journal of Virology” proximamente, revela que sua ocorrência é bem menos comum nesses animais do que nos macacos e que a taxa de infecção varia de região para região e de bando para bando. Nenhum dos chipanzés estudados no Parque Nacional Kibale, em Uganda, estava infectado. Estima-se que cerca de 13% dos chipanzés do Parque Nacional Gombe, na Tanzânia, tenham o vírus. Já entre os macacos adultos, entre 50% e 90% da população está infectada com a sua versão do vírus, diz Paul M.Sharp, professor de genética da Universidade de Nottingham Devido ao fato de os chipanzés selvagens, que chegam a quase dois metros de altura, serem capazes de matar facilmente os seres humanos, a obtenção de amostras sanguíneas é tarefa perigosa, de forma que os pesquisadores observam os animais de uma distância suficientemente próxima para que possam examinar amostras de fezes e urina.

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