segunda-feira, 25 de junho de 2012

Em casa que falta requeijão...


Existem determinados acontecimentos no âmbito de algumas famílias, que se tornam geradores de polêmicas de tal forma esdrúxulos, dignos de uma classificação absurda, em razão da ausência de elementos como consideração fraterna e complexos de toda ordem, e, acima de tudo da inexistência do mínimo de educação e inteligência de uns ou de todos. Recentemente, um conhecido que me considera confidente, narrou um episódio ocorrido em seu lar, envolvendo três ou quatro membros. “O termo “requeijão”, com determinada correlação do que é costumeiro em algumas famílias, e num certo sentido prático, relembra o pensamento filosófico; “em casa que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. O objeto central desta narrativa me reporta à lembrança da ocorrência de um fato, em cujo bojo, muito se assemelha ao costumeiro início da fase que antecede ao rompimento de um matrimônio. Após um espaço de poucos dias do início de uma vida matrimonial, não mais se contendo com o hábito de sua jovem esposa que, pela manhã, ao fazer sua higiene bucal, resolveu interpelá-la, sugerindo de que a sua “fada”, pressionasse o tubo da pasta dental na extremidade inferior. Evidentemente esse tipo de observação jamais teria sido cogitado por respeito, nos tempos de “encantamento” do namoro, onde tudo era sublime.
Quase sempre, o ponto de ignição de uma separação, reside na falta de habilidade, onde o amor começa a esvair-se. Em dado momento, a forra se fará presente, quando uma das partes deixa escapar a célebre sentença: “mas em minha casa era assim”. As demonstrações de estupidez, cada vez mais ficam expostas, até com o incrível “pra que você arruma a cama, se a noite irá desarrumá-la?” Assim, absurdos como a posição do tubo do creme dentifrício, do leite que foi derramado, do lado em que o lençol é posicionado, e até do esquecimento da compra do requeijão, são motivos tão insignificantes, mas capazes de desmontarem o sonho de um castelo projetado. A energia gasta para a análise de banalidades se sobrepõe aos verdadeiros e legítimos exercícios para a solução das vicissitudes da vida de uma família.

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