sexta-feira, 6 de maio de 2011

Conceito sobre problemas brasileiros. O negro

Em sua terra de origem, a África, o negro já havia alcançado um estágio de cultura francamentnte agrícola. Quando D. João III decidiu implantar no Brasil o sistema de colonização agrícola, tendo por base a cana-de-açúcar, o negro seria indispensável, pois o índio, como nômade, não se prestou ao trabalho sedentário. Os africanos que vieram para o Brasil constituíram-se, em sua quase totalidade, de elementos das culturas sudanesa (Yoruba ou Nagô, da Nigéria; Gegê, de Daomé; Minas, da Costa do Ouro; Malê, do Sudão e bantu (difererentes povos da Guiné, do Congo, de Angola e de Moçambique). Essa designação é feita segundo a sistematização de Artur Ramos e cada uma implica vários povos e realidades culturais diversas.


Duas dessas culturas tiveram acentuada influência no Brasil:


- A nagô, com grande significação na Bahia, principalmente na culinária - vatapá, acarajé, abará -, na indumentária - turbantes, colares, vestidos rodados e de manga fofa, balagandãs - e na música, caracterizada por cantos de melodias curtas e repetidas e pelos instrumentos, como os atabaques e afifiôs (flauta de madeira), cuicas e berimbaus. - A bantu, que se estendeu por todo o Brasil, tendo influído na mùsica de terreiro, principalmente, e na língua.


De modo geral, podemos dizer que os principais traços da influência negra na formação do brasileiro podem ser notados: - No sentimento exagerado. - Na linguagem enriquecida pelos termos africanos. - Na superstição, fruto do primitivismo religioso. - Na culinária. - Na música. - Na dança.

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