Em março de 1522, Lutero terminou a tradução completa do Novo Testamento. Em dezembro do mesmo ano, introduziu a 2ª. edição "melhorada". O Novo Testamento circulava de mão em mão, por toda parte. Gente culta, estudantes, pessoas do povo e camponeses, todos a folheavam tanto quanto lhes permitia a capacidade de leitura. Em qualquer lugar e, em qualquer camada social, o "Testamento de Setembro" era lido com maior sofreguidão, como se fosse a "fonte de todas as verdades" Ao contrário do que sucedeu com a tradução do Novo Testamento, da qual pouco sabemos, pois nem mesmo o manuscrito nos chegou às mãos. As dúvidas aumentavam quando se comparava ao material do Velho Testamento.
Em 1534, Hans Lufft editava pela primeira vez a Bíblia Completa com 1816 páginas. A repercução alcançada por àquela obra, não foi menor do que alcançada pela edição do Novo Testamento. O Salmo 23, difere em alguns detalhes, comparando pela ordem à Bíblia de Mentelin, em relação à Bíblia de Lutero. Os erros e enganos de Lutero, eram constantemente assinalados. Segundo Hieraonymus, foram apontados 1400 erros. Alguns "cooperadores da tradução", atestavam que Hieraonymus, foi comedido ao extremo, pois essas incorreções chegavam a 40.000. Após a morte de Lutero, ainda não havia a Lei da Imprensa, nem a Defesa dos Direitos Autorais. Qualquer pessoa podia reproduzir ou copiar a obra de quisesse. Em alguns países a Bíblia de Lutero não tinha nenhum valor, em razão das diferenças de idiomas. Ao morrer Lutero em 18 de fevereiro de 1546, deixou ao povo a maior dádiva que jamais um alemão fez à sua patria. Ele legou seu idioma e sua Bíblia. Este último presente era, ao mesmo tempo um legado ao mundo inteiro.
Fonte: A maravilhosa História da Bíblia. G.S.Wegener.- Enciclopédia Ibrasa-Instituição Brasileira de Difusão Cultural S.A.- 1977.
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