quarta-feira, 6 de julho de 2011

Conceito sobre problemas brasileiros. A miscigenação - 2/4

Nas áreas mineiras o processo se diferenciou, pois o índio havia sido expulso da mineração por ser elemento perturbador, uma vez que não se adaptou ao trabalho sedentário. O trabalho nas minas foi realizado com o negro, e assim houve mais cruzamento entre negros e brancos. Já na região Centro-Oeste, antes da mineração, havia a ocupação das Bandeiras pelos índios e mamelucos, empenhados em atividades de pouca ou nenhuma expressão econômica. A mineração trouxe o negro e o branco, em menor quantidade, devido a problemas de circulação e distância. Findo o período do ouro, os grupos negro e branco regressaram, permanecendo na área apenas o índio, o mameluco e uns poucos representantes negros, empregados no pastoreio e na agricultura de sustentação remanescente.

O fator político. A Coroa nunca colocou obstáculos ao cruzamento, mas estimulou-o para povoar o país. A igreja não combateu a miscigenação; mas sim a licenciosidade, aprovando sempre o cruzamento dentro do casamento, sem muito sucesso, é verdade. A formação étnica pode ser apreciada segundo as fases ou períodos históricos da nossa nacionalidade, ou segundo o tipo predominante de miscigenação em determinada área ou região. Resumindo, ocorreu que, durante o período dos reconhecimentos gerais predominou a indústria extrativa do pau-brasil como atividade econômica, que facilitou o cruzamento do branco com o índio, surgindo assim o primeiro produto da miscigenação no Brasil: o mameluco. A Fundação de São Vicente e Olinda inicia a fase da conquista do território. Em São Vicente a atividade econômica principal era a procura do ouro, seguida da caça ao índio. Houve o cruzamento do branco com o índio. No Nordeste, a cultura canavieira assegura o êxito da colonização, e para sua expansão será a entrada do negro com a mão de obra escrava. Houve aí uma miscigenação intensa e extensa.

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