quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Alcoolismo - A sexologia no matrimônio - Parte final

São infindáveis as formas de degeneração do casamento. Em um passo anterior, privar o esposo da aproximação amorosa como sinal de advertência – que nunca surtirá efeito – é demonstração de falta de maturidade da acentuada maioria das esposas, em relação ao que seja o alcoolismo. Entre tantas possíveis tentativas de chantagem de parte de muitas mulheres, a de privar deliberadamente o esposo da prática do sexo é, comprovadamente, a menos eficaz, em razão de se estabelecer a escolha de satisfação orgânica entre o sexo e a bebida. Como é fácil deduzir, a opção pela bebida irá prevalecer.
Quando o dependente ainda tem uma reserva de apetite sexual, passa a manter relacionamento fora de seu lar, como antes nunca houvera feito. Assim, encontra a solução de seu problema no adultério. Certamente, sua aparência e sua higiene o colocarão em condições desfavoráveis em seus novos caminhos, contraindo moléstias de toda ordem, inclusive a mortal AIDS.
Num eventual retorno ao lar, essas enfermidades serão transferidas para sua própria esposa. Essas passagens tristes na vida de pessoas despreparadas poderiam ser evitadas com maior conhecimento do que seja verdadeiramente o livre-arbítrio, deixado pelo Criador.
Como será uma posição inversa, onde a dependência alcoólica afeta a esposa? E se ambos os cônjuges forem compulsivos à bebida? O leque de probabilidades oferece as mais curiosas e tristes ocorrências. Militantes da área da Jurisprudência da Família atestam em registros processuais, a prática de maridos alcoólatras de trazerem mulheres estranhas para seu próprio leito conjugal.
O submundo criado por algumas camadas da sociedade, não estabelece limites para a imoralidade. Maridos alcoólatras “alugam” a mãe de seus próprios filhos, na presença dos mesmos, com a finalidade de obter vantagens financeiras.
Certamente, haverá a face totalmente oposta às misérias do mundo. Em 1994, uma película cinematográfica “Quando um homem ama uma mulher”, retratou a história de um casal em que a esposa torna-se dependente da bebida alcoólica. Nessa oportunidade, nem mesmo os tentáculos do alcoolismo conseguem abater os sentimentos e a afetividade do marido. Assim, nada resiste ao amor recíproco, que tudo supera e a tudo renova.
Do livro Alcoolismo e a Vida em Sociedade - Autor: Nelson Martins - Edit. Komedi- 2006

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