sábado, 13 de fevereiro de 2010

RÁDIO NACIONAL DE SÁO PAULO - Parte 5

A sequência dos quatro últimos blogs relativos à Rádio Nacional de São Paulo, nada teria em importância, não fora os aspectos inteiramente pessoais e profissionais de minha atividade de trabalho. Em “Registros da Vida”, relato de âmbito familiar que elaboro desde 14 de dezembro de 2007, até 04 de outubro de 2008, ainda a ser concluído, registrei com ênfase em algumas páginas, minha tendência inata para execução de desenhos de letras e motivos publicitários (capas de discos musicais e de livros, cartazes, mostruários comerciais,etc.)
Logo após ter contraído matrimônio, matriculei-me em uma escola citada no blog anterior, cujo professor, Vasco Zan, de saudosa memória, um dos melhores desenhistas de publicidade do Estado de São Paulo, entre os melhores do país. A prova de minha escolha para iniciar minha atividade, foi, de certa maneira, extremamente arriscada, em termos de responsabilidade com minha vida de recém-casado, e que ao me decidir, residia em uma casa de aluguel, com meu primeiro filho de dois meses de idade. Todavia, sou apologista do princípio, segundo o qual, “é melhor ter para onde ir sem ter meios, do que ter meios sem ter para onde ir”. Acreditei em minha decisão. Sem saber, passei a pertencer a uma organização de grande prestígio nacional na área de entretenimento por meio de rádio e televisão, muito embora com modesto salário. A Rádio Nacional, uma das mais prestigiadas do país, pois, seu quadro artístico, era considerado o de maior expressão. Convém citar que, a onda de progresso advinda com a implantação de programas de radiodifusão, ocorrida a partir de 1922, ocasião em que às poucas retransmissoras existentes, restritas em alguns estados, pontificando Rio de Janeiro e São Paulo. Suas instalações limitavam-se a pequenas salas alugadas nos centros comerciais, e eram dotadas de uma simples mesa de locução, um técnico de som, quase sempre empenhado em colocar os pesados discos musicais de dez polegadas (25 centímetros de diâmetro), além de operar na radiofonia, e um locutor comercial.
Lentamente, os primeiros programas feitos por duas ou mais pessoas postadas defronte a um único microfone, interagindo-se em um mesmo tema, certamente originando as rádios novelas. Um dos primeiros programas cômicos de renome nacional foi sem dúvida, “À cadeira do barbeiro” criado por Manoel da Nóbrega, e com a participação do não menos famoso Aluísio Silva Araújo que, no conteúdo artístico do tema, representava o “freguês do salão”, que dialogava com o “barbeiro” Manoel da Nóbrega, acerca dos acontecimentos políticos da época. Devo acrescentar que, ao ser admitido na Rádio Nacional, tornei-me grande amigo de Manoel da Nóbrega, entre outros, e cujos nomes relatarei na publicação do próximo blog
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